quarta-feira, 27 de junho de 2007

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Acho que estou começando a entender melhor como as coisas funcionam na CET Rio.

A cobertura dos boletins de trânsito se restringe ao que as câmeras monitoram. Com tanta câmera fora de operação, a CET Rio não é capaz de fornecer informações abrangentes e confiáveis. Abaixo vemos porque não há nada sobre o transito em Jacarepaguá.

Por essa figura dá também para perceber que a câmera mais próxima do buraco da CEDAE na Ayrton Senna não poderia mostrar nada.


Os mapas foram capturados da página da CET Rio.

terça-feira, 26 de junho de 2007

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Já corrigi o erro no meu desktop que alguns devem ter notado no post anterior.


Ele não está mais assim:

Agora ele está assim:


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A CET Rio mente.

E não só isso, a CET Rio também tem uma das piores páginas oficiais na Internet.


Com um buraco enorme na Ayrton Senna e um trânsito medonho por ele provocado, é isso que aparece no boletim da CET Rio na Rede:


Não dá para acreditar. Tudo livre! Duvido muito.


Ontem fiz questão de voltar para casa por lá. Bem tarde, para não correr o risco de ficar engarrafado na minha mão. Queria só passar perto do buraco na outra pista. O engarrafamento era enorme.


O boletim só monitora a Avenida Ayrton Senna na altura do Hospital Lourenço Jorge. Talvez por isso:


O Globo, 25/06/2007
Edição impressa

Metade das 10 câmeras da Barra está quebrada
Problemas em equipamentos em vários bairros a 18 dias do Pan, podem prejudicar controle de tráfego durante os Jogos.

Já me fodi feio mais de uma vez por confiar no que aparece na página da CET Rio. Na última, umas semanas atrás, levei mais de uma hora e meia para fazer um trajeto de 10 minutos. Saí do trabalho tarde e entrei no site da CET Rio para ver como estava o trânsito em São Conrado. Eles diziam que tudo estava bem. Assim que saí do Zuzu Angel, parei. Tudo porque o elevado do Joá estava completamente fechado ao trânsito, desviando-o para a estrada do Joá. Detalhes importantes: a mão no Joá continuou dupla e, isso assusta, nada na página da CET Rio dizia que a via estava fechada.


Engarrafado, falei com uns serviçais da CET Rio que “orientavam” os motoristas. Foi a conversa mais esclarecedora que já tive com esses seres. Segundo eles, o trânsito estava uma verdadeira titica e, como funcionários da CET Rio, eles eram apenas pau mandados. Afirmavam isso com um orgulho incompreensível, como se ser pau mandado fosse a maior honra que um homem pode esperar de sua carreira.


A partir desse dia a página da CET Rio, que sempre funcionou mal, deixou de servir de fonte de informação confiável. Passei também a entender porque o caos impera nas ruas do Rio. É o que acontece quando se deixa o serviço de “Engenharia de Tráfego” nas mão de incompetentes assumidos.


O que posso esperar para o Pan, com um esquema de trânsito fechando ruas e pistas de avenidas traçado por essas criaturas?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

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Para a administração Carioca, o que é ruim sempre pode ficar pior.


É o tipo de coisa que não pode acontecer.


As imagens falam sozinhas.


2 pistas interditadas. Onde? Em frente à Vila do Pan. Esse detalhe nem é relevante. Poderia ter afundado o asfalto em qualquer lugar que o absurdo seria o mesmo.


Sempre algo dá errado nessa cidade. Não há dia normal, sem transtorno, por menor que seja. Isso é material para um post mais profundo e detalhado a ser preparado no futuro.


Peguei as fotos do Globo.

A contagem regressiva continua. 17... 16... 15...

sexta-feira, 22 de junho de 2007

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Como meus 12000 leitores diários devem ter notado, estou fazendo umas modificações estéticas no blog. Nada é definitivo.

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Michel Castellar tem um blog bem interessante sobre o Pan no Estadão. Muito bem informado, ele sempre escreve sobre todos os aspectos do evento e, é claro, de vez em quando vacila.


O último post que li é uma dessas derrapadas do Michel, que parece ser complacente demais algumas vezes.


No post, chamado “Esse é o nosso Brasil”, Michel basicamente diz ficar admirado com a capacidade que o brasileiro tem de se doar para as maiores roubadas. No caso do Pan, nem toda a palhaçada da organização afastou os 15000 voluntários solícitos.


É justamente aí que está o engano. Os desgraçados aproveitadores abusam do dinheiro público, atrasam obras, não cumprem o prometido, sempre com a maior cara de pau, porque sabem que no fim terão sua iniciativa apoiada com estardalhaço pela população massacrada.


Duvido que o Pan, ou qualquer outro evento de monta, seria essa bandalheira se o povo carioca fechasse a cara e se recusasse a apoiar a organização da maneira como ela está sendo feita. Duvido que teríamos tantas notícias de mau uso de verba pública se o cidadão cobrasse efetivamente o que estava nos planos originais da candidatura do Rio de Janeiro. Se fizessem protestos contundentes, no lugar de abraçar acriticamente qualquer idéia privada ou governamental, as coisas seriam muito diferentes e o Pan teria motivo para acontecer. Em um processo aberto, com benefícios claros, até eu faria questão de participar.


O que me parece é que esses voluntários estão mais para otários. Vão trabalhar por quase nada enquanto uma cambada suja enche o bolso de dinheiro.


Digo mais uma vez: Bem feito. Se já sofrem, precisam sofrer muito mais. Só assim aprendem alguma coisa.

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Do Estadão.


Marcos D´Paula/AE


O cara da foto é um iludido que veio do Rio Grande do Sul de bicicleta para ser voluntário no Pan. Ele não é o motivo que me fez colocar a foto no blog. O que me chamou a atenção são os policiais armados e preparados para a guerra, posicionados no Centro de Credenciamento. O Ministro dos Esportes estava presente e com muito medo. No Rio de Janeiro a paz só é garantida com armamento muito, mas muito pesado.


Que incoerência!




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A Folha de São Paulo continua com uma cobertura um pouco mais crítica do Pan. Os jornais do Rio só pegam no pé da organização quando os problemas ficam descaradamente expostos. Essa matéria é só para assinantes, por isso colo ela inteira aqui.


São Paulo, sexta-feira, 22 de junho de 2007

Vizinhos afirmam que Engenhão é "bonito de se ver, difícil de se conviver"

DA SUCURSAL DO RIO

Amanhã, a menos de três semanas do Pan, o estádio João Havelange, construído para os Jogos, será alvo de uma passeata/carreata de protesto feita por moradores do Engenho de Dentro (zona norte do Rio). Para criticar o Engenhão, que abrigará atletismo e futebol, a Amete (Associação de Moradores do Entorno do Engenhão) adotou um lema: "É bonito de se ver, difícil de se conviver".
Uma parte feia de se ver -e ruim de sentir o cheiro- é um lixão que cresce diante da bilheteria da ala norte, que é alimentado até pela própria prefeitura. Pedaços da antiga calçada da rua das Oficinas, que está sendo trocada, foram para o terreno.
A Secretaria Municipal de Obras informou que irá apurar se os entulhos são dos serviços ao redor do estádio. Segundo a secretaria, as obras trarão melhorias significativas na drenagem da região, além da urbanização.
A favela Belém Belém se expande pelo terreno, sem saneamento básico. Moradores dizem que ratos e mosquitos são fartos no local.
Na rua Henrique Scheid, o piso de muitas casas ficou abaixo do nível das calçadas, o que dificultará o escoamento da chuva. Por causa das obras, os moradores enfrentam quedas de energia.
"Falam que nossos imóveis vão valorizar em 20%. Só vejo desvalorização", diz Marcos Barros, 46.
Anteontem, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) confirmou que 18 ruas do entorno serão interditadas durante o Pan. Moradores sem garagem terão de estacionar longe de casa.
Ainda há o medo de violência nos jogos de futebol e a frustração com a não-realização, até agora, de uma série de projetos, como um novo sistema viário.
"Não recebemos nenhum benefício prometido. Não houve estudo de impacto de vizinhança", diz o presidente da Amete, Anibal Antunes.
"É sempre assim com todas as obras grandes. Os moradores tentam tirar vantagens para seu bairro. Isso é democrático. Assim como fazer passeata", disse o prefeito do Rio, Cesar Maia.


Domingo passado, voltando para casa, peguei um ônibus que vai pelo subúrbio, margeando a linha do trem e passando bem perto do Engenhão. Deu para notar que tem muito entulho na rua. Há trechos sem calçada transitável. Dentro de uma estação, a mais próxima do estádio, tudo estava muito arrumado e limpo. Fora, porém, o cenário era o oposto. Muitas obras inacabadas, muito tapume, pouco lugar para pessoas andarem.


Como sempre, Cesar Maia só fala merda (negrito meu no texto). Como assim tirar vantagem? Só o acéfalo prefeito consegue imaginar e realizar obras que não tragam vantagens.


Minha consciência continua em paz. Nunca votei nesse monstro. Já os cariocas...


Só me resta dizer bem feito. Vamos ver se esse povo aprende com o sofrimento.


quinta-feira, 21 de junho de 2007

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Tem um lado ridículo no carioca, entre tantos outros, que é o comportamento guiado. Falta a esse povo vontade crítica, capacidade de observação e ponderação. O carioca é tão fácil de ser manipulado quanto uma massinha de modelar. Aceita tudo, compra qualquer idéia estapafúrdia com um interesse pessoal que beira o absurdo. E como se agir assim não bastasse, condena quem não se posiciona com o rebanho. Basta alguém levantar uma simples questão, colocar uma básica observação, e já é chamado de derrotista, chato, reclamão. Essa cidade não percebe que o comportamento de gado confinado é imensamente mais nocivo do que a minha mania de reclamar. Não sou vaca.


Agora alguns deram para leva a sério essa estupidez chamada de “Nossa rua, nosso Pan”, concurso inventado pela Prefeitura que dará ingressos para as melhores ruas decoradas para o Pan que se aproxima. Não sei se o blog tem uma amostragem confiável. Lá aparecem poucas ruas decoradas. Muito poucas. Mas até aqui onde trabalho, começaram a pendurar enfeites. Hoje ainda não terminaram o serviço, que tem tudo para ficar muito cafona. Ontem, no meio da tarde, horário comercial, uns marmanjos colocaram uma escada no meio da rua, bloqueando um grande pedaço da pista e atrapalhando o já atrapalhado trânsito. Ficaram lá, pintando o chão e amarrando bandeirinhas. Eu, que tenho mais o que fazer, não entendo como podem dedicar tempo precioso de uma vida tão curta a esse tipo de tarefa. Hoje o trabalho de decoração continuava. Mas quem estava tocando o “projeto”, me pareceu, eram os porteiros dos prédios e os “faz-tudo” das madames da área. Até para mostrar engajamento usam os serviçais. Que cidade!


sábado, 16 de junho de 2007

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Sexta-feira, 15 de junho de 2007. Acordo cedo para resolver problemas. Toca o telefone, algo inesperado para a hora. Do outro lado da linha, a voz mecânica de uma gravação. Era o Ministério da Saúde, preocupado, querendo me avisar, como se fosse novidade, que moro em uma área com alto risco de Dengue. Enquanto escutava a voz chata me dizendo que não devo deixar água parada, olhei para os 8 mosquitos que contei na minha parede e pensei: mas que porra é essa?


Há muito tempo, quando esse negócio de Dengue começou a assustar de verdade, passava diariamente na vizinhança um carro mata-mosquito, sempre no fim da tarde. Esse ano, ele só passou umas 5 vezes. Mudaram a estratégia de combate à doença. Agora ele é feito por convencimento, apelando para a nossa boa vontade. Olhei para os nove mosquitos e pensei mais uma vez: Então a solução é só não deixar a tal da água parada. Simples.


Mesmo não existindo água parada, contei mais mosquitos na parede.


A Prefeitura sabe exatamente quais são as áreas de risco de Dengue. Não tem feito muita coisa. Pela cidade há uns cartazes do Pan Sem Dengue pedindo a colaboração de todos nós. Deve ser porque não sobrou verba para o combate efetivo ao mosquito. Entendo. A Prefeitura está ocupada com coisas mais importantes, com grandes realizações que mudarão a vida do carioca daqui pra frente.


Eu me conformaria com o mata-mosquito.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

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E voltando...


Tenho lido alguns blogs sobre o Pan. Tem um que acho muito bom por ser uma clipagem abrangente e dedicada chamado A Verdade do Pan 2007. Ele é fonte indispensável de informações sobre maracutaias e suspeitas. Muito útil. Através dele fico sabendo com rapidez de muitas notícias que demoraria para achar. Lá, as referências são respeitadas com profissionalismo, o que me rende muito material para leitura.


Graças ao A Verdade do Pan 2007 li essa ilustrativa matéria no Estadão.


13 de junho de 2007 - 19:59

CPI é adiada e fica para depois dos Jogos Pan-Americanos

Políticos ligados ao prefeito César Maia conseguem adiar início da comissão para o próximo dia 14 de agosto


Desculpem, mas preciso colar o texto integral.


Michel Castellar


RIO - O dia 13 de junho, quando falta exatamente um mês para o início dos Jogos Pan-Americanos, não teve nenhuma inauguração de instalações. Ele foi marcado pelo adiamento da instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Vereadores do Rio, que vai apurar irregularidades nos gastos municipais com o evento. Nesta quarta-feira, ficou decidido que as investigações começarão somente após as competições, em 14 de agosto.


“O perigo de dar em nada agora existe. Mas estamos alertas e não vai ser fácil. Vai haver um grande estardalhaço e não vai sair barato se tentarem”, assegurou o vereador Eliomar Coelho (PSOL), responsável pelo pedido de instauração de CPI, feito no final de maio. “Tem muita coisa a ser apurada. O dinheiro público municipal investido foi exorbitante (cerca de R$ 2 bilhões).”


A decisão de adiar a instauração da CPI foi aprovada por três votos a um. Nadinho Rio das Pedras e Carlo Caiado, ambos filiados ao partido do prefeito Cesar Maia, o DEM, além de Luiz Antônio Guaraná, do PSDB, optaram pelo atraso no início das investigações. Enquanto isso, Eliomar Coelho foi contra e Patrícia Amorim (PMDB) preferiu ser neutra na discussão.


“Alguns participantes da comissão argumentaram que a CPI atrapalharia um pouco o brilho do Pan. E que também a população podia achar que estávamos querendo atrapalhar”, explicou Eliomar Coelho. “Particularmente, não me convenceram.”


Inspeção


Enquanto a instauração da CPI era adiada para depois do Pan, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, visitou o Ginásio do Maracanãzinho. Acompanhado pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, ele brincou na quadra para mostrar que o piso do local já está pronto.


Nos dias 30 de junho e 1.º de julho, o Maracanãzinho, cuja reforma consumiu R$ 92 milhões, será reinaugurado com a realização de amistosos entre as seleções femininas de vôlei do Brasil e da Sérvia. A partir do dia 26, os ingressos para esses jogos começam a ser vendidos - primeiro, via internet; depois, nas bilheterias. Serão 11 mil entradas para o público, enquanto as duas mil restantes serão distribuídas para convidados e operários que trabalharam nas obras do ginásio.


Típico. Não há motivo para espanto. Até os responsáveis por essa palhaçada de adiamento de CPI são bem conhecidos. Deles não se poderia esperar outra coisa. Coloquei em negrito os nomes que mais me chamaram a atenção.


Sobre Nadinho Rio das Pedras eu não vou falar nada porque tenho medo.


Do Carlo Caiado eu lembro. Não tenho como esquecer o organizador de uma bizarrice que se passou na Barra chamada de Caminhada Pelo Pan. O link do Orkut não está funcionado, mas achei o texto explicativo do “evento” graças mais uma vez ao A Verdade do Pan 2007.


neste domingo, dia 15/4, às 10h, será realizada uma caminhada na praia da Barra da Tijuca, promovida por mim, relator da Comissão do Pan, vereador Carlo Caiado (DEM/RJ), com o objetivo de comemorar a realização dos Jogos Pan-Americanos na cidade, reforçar a idéia de que o Pan é carioca e estimular as pessoas a entrarem no clima festivo dos Jogos. O local de encontro será no Posto 6, em frente ao nº 4.216, e o passeio irá até o Posto 2.A caminhada servirá também como um incentivo para a participação da população no concurso “Nossa Rua, Nosso Pan”, promovido pela Prefeitura, que visa estimular a tradição do carioca de se mobilizar em grandes eventos.Participe e leve todos seus amigos! Vamos valorizar nossa cidade!


É tudo gente do DEMO. Partido de criaturas que acordam às 10 horas em um domingo para ir a uma caminhada suspeita na Praia da Barra.


Estamos perdidos!



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Enfim, palavras de incentivo.


Decidi. Vou continuar com isso aqui e futuramente expandir o projeto.


Quando pensava que ninguém se importava com o que eu escrevo, recebo o comentário reproduzido abaixo:


Interessante como seu Blog é um amontoado de reclamações mal-resolvidas, parece que é uma pessoa ranzinza que reclama de tudo.


Achei ótimo! O comentário foi postado por um “Anônimo” qualquer e, pela imagem que essa pessoa fez de mim através da leitura do que publiquei, comecei a traçar um perfil para ela também.


Parece que, antes de tudo, o Anônimo acha que reclamar de tudo é uma coisa para pessoas ranzinzas e que as reclamações que eu faço são pouco consistentes. O que me leva a crer que o Anônimo deve ser um típico carioca classe média, morador da Zona Sul, com dinheiro sobrando e que mora perto da faculdade particular que cursa paga pelo pai. Assim, ele não tem motivos para reclamar da falta de transporte, da falta de educação e da falta de pavimentação nas ruas. Ele deve andar de carro pra cima e pra baixo e está chocado com a violência da Cidade. Essa deve ser a única fonte de reclamação admissível, na opinião dele.


Ainda, de acordo com o Anônimo, eu, fodido e mal pago, “da periferia”, deveria estar muito feliz por viver nessa maravilha de cidade cartão-postal, mesmo precisando passar diariamente três horas no trânsito para ir e voltar do trabalho. Mesmo sendo obrigado a andar em ônibus desenhados para o transporte de gado e ainda pagando muito caro por isso. Eu deveria agradecer ao Cesar Maia pelo Pan, ainda que ele não me traga nenhum tipo de benefício. Muito pelo contrário, ainda que ele esteja infernizando muito mais a vida de quem não mora perto do Leblon.


Anônimo, eu adoro reclamar. Fiz esse blog só para isso. Não foi para te agradar. A intenção era justamente essa: ser chato com tipos como o seu. Seu comentário é a prova de que estou sendo muito bem sucedido.


Graças a ele eu vou continuar.


Muito obrigado.


Já ia me esquecendo. O comentário do Anônimo está no post “15”.