terça-feira, 6 de março de 2007

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O Rio de Janeiro não é uma cidade como os cariocas gostam de falar. Esse lugar está mais para um vilarejo brejeiro ou, no máximo, uma aglomeração amorfa de bípedes. Cidade é outra coisa que até agora não encontrei nas minhas andanças pelo Brasil. Se nosso país é um fracasso, o nosso vilarejo é um fracasso ao quadrado.


Semana passada, saindo da rotina e indo para o centro do vilarejo bem cedo, antes das 7 da manhã, passei por um acesso à Linha Amarela na Freguesia, em Jacarepaguá. Estava tudo parado. Parado mesmo. Um engarrafamento desumano quilômetros antes do pedágio. Queria estar com uma câmera digital na hora para poder documentar o horror. Um outro dia faço isso.


É claro que nesse brejo sem transporte público isso é rotina. Um dia de semana normal é um suplício a qualquer hora e um verdadeiro inferno nas horas de rush.


Vai ser muito interessante ver o vilarejo entrando em convulsão total quando o Pan começar. Posso estar errado, claro, afinal só faço algumas projeções com o que tenho observado todos os dias. Mas duvido muito que sem transporte alguma coisa funcionará.

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